Dados dos Serviços de Alfândega da China publicados no portal do Fórum Macau, indicam que, comparando com o mês anterior, o comércio entre a China e os países de Língua Portuguesa recuou 18,69%.
A China comprou aos países de Língua Portuguesa bens avaliados em 3,80 mil milhões de dólares (3,46 mil milhões de euros) – menos 3,69% – e vendeu produtos no valor de 2,35 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros), menos 43,9% face a Janeiro de 2015.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 4,41 mil milhões de dólares (4,01 mil milhões de euros), valor que traduz uma queda de 14,72% em termos anuais homólogos.
As exportações da China para o Brasil atingiram 1,68 mil milhões de dólares (1,53 mil milhões de euros), traduzindo uma diminuição de 44,36%, enquanto as importações chinesas totalizaram 2,73 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros), reflectindo, em sentido inverso, uma subida de 26,82%.
Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 50,85%, para 1,10 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 156 milhões de dólares (142,1 milhões de euros) – menos 76,68% face a Janeiro de 2015 – e comprou mercadorias avaliadas em 944,1 milhões de dólares (860,6 milhões de euros), ou seja, menos 39,97%.
Com Portugal – terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa –, o comércio bilateral ascendeu a 494,6 milhões de dólares (450,8 milhões de euros) – mais 4,41% –, numa balança comercial favorável a Pequim, que vendeu a Lisboa bens na ordem de 412,8 milhões de dólares (376,4 milhões de euros) – mais 34,75% – e comprou produtos avaliados em 81,46 milhões de dólares (74,26 milhões de euros), menos 51,11%.
Em 2015, as trocas comerciais entre a China e os países de Língua Portuguesa caíram 25,73%, atingindo 98,47 mil milhões de dólares (90,60 mil milhões de euros), a primeira queda desde 2009.
Além do primeiro declínio desde 2009 (altura em que desceu 18,9%), foi também pela primeira vez que o valor anual ficou abaixo dos 100 mil milhões de dólares desde 2010, segundo dados compilados pela agência Lusa.