As convenções e exposições são uma das áreas prioritárias da acção do Governo da RAEM para diversificar o tecido económico de Macau. Mas também o comércio, a cultura e o desporto constituem uma parte importante dos objectivos a alcançar até 2028
Texto Tony Lai
A indústria das convenções e exposições (MICE, na sigla em inglês) de Macau tem registado um desenvolvimento constante ao longo das últimas duas décadas, mesmo face aos desafios colocados pela pandemia da COVID-19 nos anos mais recentes. Quem o diz é Alan Ho Hoi Meng, presidente da Associação dos Sectores de Convenções, Exposições e Turismo de Macau. Nos últimos tempos, segundo o mesmo responsável, a indústria local tem apostado no desenvolvimento do conceito “mega MICE” para promover Macau como um destino preferencial para promotores de eventos.
“O sector MICE não se limita apenas a convenções e exposições, pois festivais, actividades desportivas e espectáculos também podem ser categorizados como eventos”, afirma Alan Ho à Revista Macau. “Isso é o que o ecossistema ‘mega MICE’ implica.”
Nesse sentido, não é surpreendente para Alan Ho que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) tenha agrupado a indústria das convenções e exposições juntamente com o comércio, o desporto e a cultura, como um dos quatro principais sectores emergentes na estratégia “1+4” de diversificação adequada da economia.
Além do sector das convenções e exposições, do comércio, da cultura e do desporto, o desenvolvimento prioritário deverá focar-se nas áreas da tecnologia de ponta, da “big health” e da indústria financeira moderna, através do apoio do sector basilar do turismo e lazer. O plano de diversificação do Governo apresenta metas a concretizar num prazo de cinco anos, procurando “desenvolver novas indústrias e fomentar novas vertentes de crescimento económico”.
No Plano de Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia da Região Administrativa Especial de Macau (2024-2028), publicado no final do ano passado, as autoridades enfatizaram o futuro “promissor” da indústria MICE, bem como do comércio, da cultura e do desporto.
Macau é a cidade do mundo com o maior número de hotéis com a pontuação máxima de cinco estrelas no Guia de Viagens da Forbes, o que oferece boas condições para a realização de eventos internacionais, destaca o documento oficial.
Resultados imediatos
Olhando para o desenvolvimento destes sectores nos próximos anos, o plano sublinha o crescimento acelerado da indústria MICE, em termos de mercantilização, profissionalização, internacionalização, digitalização e respeito pelo ambiente, através da organização de eventos de “referência internacional” na cidade. A RAEM também pretende estabelecer-se como uma “Cidade de Artes Performativas” e uma “Cidade Desportiva”, através da selecção de produções culturais e artísticas locais, atraindo espectáculos de renome internacional e acolhendo “mais competições desportivas internacionais de alto nível”.
Tendo em conta os quatro sectores emergentes, o académico Samuel Tong Kai Chung destaca que tanto a indústria MICE como o comércio, a cultura e o desporto têm uma base mais sólida para alcançar resultados rápidos em comparação com outros sectores emergentes.
“Os sectores financeiros e relacionados com a saúde moderna têm bases relativamente mais fracas em Macau, exigindo maiores investimentos e políticas abrangentes para iniciar o seu desenvolvimento”, afirma Samuel Tong, presidente do Instituto de Gestão de Macau.
“Por outro lado, os segmentos de MICE e comércio, de cultura e do desporto estão consolidados na cidade há bastante tempo. É agora crucial concentrar recursos na resolução das fraquezas destes segmentos, reforçando simultaneamente as suas vantagens competitivas”, acrescenta.
De acordo com o plano de diversificação, prevê-se que a área dos recintos para convenções e exposições na cidade seja superior a 260 mil metros quadrados em 2028, comparando com os 240 mil metros quadrados registados no final de 2022. No mesmo período, espera-se que o número de convenções e exposições organizados na cidade aumente para entre 2000 e 2500.
Além disso, o número de convenções credenciadas pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês) deverá crescer de 6 para cerca de 50 a 70 eventos em 2028, enquanto o número de eventos reconhecidos pela Associação Global da Indústria de Exposições (UFI, na sigla em inglês) deverá subir de 10 para cerca de 13 a 15.
As autoridades pretendem também melhorar a reputação internacional da indústria MICE de Macau, atraindo mais eventos profissionais e internacionais para a cidade, bem como fortalecendo a cooperação regional com entidades do Interior da China, como a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.
Alcance global
O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) continua empenhado em promover a indústria das convenções e exposições, nomeadamente a nível internacional.
“A fim de desenvolver ainda mais o sector MICE de Macau e atrair mais eventos de alta qualidade, o IPIM tem colaborado com as associações da indústria e com as empresas integradas de turismo e lazer para estabelecer o ‘grupo de trabalho de apoio à licitação de convenções e exposições’”, refere o organismo em resposta à Revista Macau. “Através deste mecanismo de colaboração, [o IPIM] mantém estreita comunicação e intercâmbio com os parceiros, fortalecendo a sinergia entre o sector MICE e outras indústrias.”
De forma a aumentar o reconhecimento da indústria MICE de Macau a nível internacional, o IPIM tem incentivado os parceiros da indústria a aderirem a organizações internacionais. No ano passado e também no início deste ano, dois representantes do sector MICE do território assumiram, respectivamente, cargos administrativos na ICCA e na UFI.
O organismo de promoção do investimento de Macau tem também apoiado a organização de vários programas de formação para o desenvolvimento de talentos no sector MICE. De acordo com o IPIM, até Dezembro, quatro programas de formação coordenados por organizações internacionais terão lugar em Macau.
“[Estes esforços] podem ajudar a atrair mais eventos MICE internacionais e profissionais para Macau, avançando ainda mais a profissionalização e internacionalização do sector”, salienta o IPIM.
Alan Ho reconhece que os esforços do grupo de trabalho têm produzido resultados positivos. “O IPIM [também] lançou o programa ‘Embaixadores de Convenções’, que convida especialistas de diversas áreas, nacionais e internacionais, para servirem como embaixadores”, realça Alan Ho. “Estes embaixadores poderão ajudar Macau a atrair mais convenções internacionais.”
O programa foi lançado pelo IPIM em 2017 e conta com uma lista de embaixadores que inclui personalidades notáveis como Orlando Monteiro da Silva, antigo presidente da Federação Dentária Internacional; o professor Tsui Lap Chee, afamado especialista em genética molecular e antigo vice-reitor e presidente da Universidade de Hong Kong; Li Ning, ex-ginasta chinês e medalhado de ouro olímpico; e He Jintang, um famoso arquitecto e membro da Academia Chinesa de Engenharia, entre outros.
Confiança nos resultados
Alan Ho expressa confiança na capacidade de Macau de atingir os objectivos para a indústria das convenções e exposições traçados no plano de diversificação, acrescentando que o ritmo de recuperação das actividades MICE na era pós-pandemia tem correspondido às expectativas. O número total de eventos em 2024 deverá atingir cerca de 1500, semelhante ao volume de 1536 eventos registado em 2019.
“A indústria também se tem esforçado para atrair cada vez mais conferências internacionais para Macau. Caso não haja mudanças significativas no contexto global no futuro, estamos confiantes de que Macau poderá atingir estas metas”, afirma o responsável.
Os últimos dados da Direcção dos Serviço de Estatística e Censos indicam que o número de eventos no primeiro trimestre de 2024 atingiu 307, marcando um crescimento homólogo de 31,2 por cento e atingindo 80 por cento do volume pré-pandémico. Especificamente para exposições, realizaram-se 12 eventos no período entre Janeiro e Março deste ano, em comparação com os 10 eventos registados no mesmo período de 2019.
“No primeiro trimestre de 2024, as receitas da indústria não-jogo impulsionadas pelas actividades MICE atingiram cerca de 900 milhões de patacas, um aumento superior a 50 por cento face ao mesmo período do ano anterior”, sublinha o IPIM na resposta à Revista Macau. “Este crescimento significativo destaca o impacto positivo da indústria MICE em vários sectores.”
O IPIM refere ainda que estão planeados para o segundo semestre deste ano mais eventos relacionados com a estratégia governamental “1+4”, incluindo nas áreas da saúde, das tecnologias de informação e das finanças modernas, “para aumentar o efeito sinérgico entre a indústria MICE e outros sectores”.
“Um Evento, Dois Locais”
Uma colaboração mais estreita com a vizinha Zona de Cooperação Aprofundada, nomeadamente acolhendo mais eventos e actividades MICE em ambos os locais, poderia também acelerar o desenvolvimento da indústria de Macau, destaca Alan Ho. “Hengqin tem actualmente mais de 8 mil quartos de hotel e espera-se que este número cresça para mais de 10 mil. A disponibilidade destes recursos hoteleiros pode complementar a oferta de Macau”, salienta.
As recentes medidas de flexibilização de vistos implementadas em Maio, permitindo múltiplas entradas entre Macau e Hengqin para turistas do Interior da China que participam em pacotes turísticos de ambos os locais, poderão melhorar ainda mais a colaboração no sector MICE entre os dois lados, sugere Alan Ho. “Essas medidas podem proporcionar mais opções de alojamento e roteiros, além de conveniência, para expositores e visitantes MICE”, acrescenta. “A indústria também tem mais oportunidades para explorar diferentes tipos de eventos que podem ser realizados em ambos os locais, aumentando assim a competitividade e o desenvolvimento da indústria MICE de Macau.”
Este modelo de negócio de “um evento, dois locais” entre Macau e Hengqin tem sido um dos focos do Governo da RAEM. Em Junho do ano passado, o IPIM e a Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin lançaram a marca “MICE² Macau x Hengqin” para promover este modelo de negócio a nível internacional. Como parte destes esforços, o IPIM apresentou, no passado mês de Maio, esta iniciativa na “IMEX Frankfurt 2024”, uma importante feira para a indústria MICE, na Alemanha, introduzindo o panorama e as vantagens de organizar eventos em Macau e Hengqin.
Em 2023, realizaram-se 14 eventos no âmbito deste sistema, em comparação com três eventos do ano anterior, segundo o IPIM, incluindo a “BEYOND Expo” e a “Exposição Internacional de Consumo de Alta Qualidade da China (Macau) e Fórum Mundial sobre a Baía em Hengqin”. Só no primeiro trimestre deste ano, realizaram-se quatro eventos MICE em Macau e Hengqin.
Jogos Nacionais
O plano de diversificação também sublinhou a oportunidade de a cidade aproveitar a 15.a Edição dos Jogos Nacionais da China para promover a sinergia entre os sectores das convenções e exposições e do desporto. Os Jogos Nacionais – co-organizados pela província de Guangdong, Hong Kong e Macau no próximo ano – são vistos como uma plataforma para acelerar o desenvolvimento do sector do desporto em Macau. A RAEM irá acolher várias competições dos Jogos Nacionais, incluindo ténis de mesa, voleibol feminino, basquetebol três contra três, basquetebol masculino sub-18 e karaté.
O documento oficial refere que, através da conjugação da oferta desportiva, turística e cultural, serão reforçados os efeitos de referência dos eventos desportivos e criada uma imagem distinta de Macau como “Cidade do Desporto”.
O Governo irá impulsionar as seis empresas integradas de turismo e lazer “para desenvolverem mais projectos com elementos desportivos e de lazer, e aproveitar, ao mesmo tempo, os recursos, as instalações e os equipamentos das empresas para realizar competições desportivas [e] desenvolver, em conjunto com o sector, projectos de turismo desportivo que atraiam turistas internacionais”, segundo o plano de diversificação.
Kevin Ho King Lun, presidente da comissão executiva da Federação das Associações Gerais Desportivas de Macau China, reconhece o potencial de Macau, citando a história e o sucesso do território em acolher eventos desportivos de nível internacional, como o Grande Prémio de Macau, a Liga das Nações de Voleibol Feminino, o Campeonato do Mundo de Ténis de Mesa e a Maratona Internacional de Macau. “Macau tornou-se uma metrópole internacional com infra-estruturas desportivas de classe mundial, especialmente instalações cobertas. Estas instalações desportivas, juntamente com os complexos hoteleiros, proporcionam comodidade aos organizadores e participantes de eventos no que toca ao planeamento em termos de transportes e itinerários”, acrescenta.
As empresas integradas de turismo e lazer de Macau têm também levado a cabo várias iniciativas desportivas, como competições de golfe, torneios de snooker e até uma regata internacional.
“Pequena, mas excelente”
“Macau é pequena e pode não ter estádios ao ar livre de grande dimensão, o que torna impossível acolher eventos desportivos prolongados e de grande envergadura. No entanto, temos excelentes condições para acolher competições de elite e eventos de grandes provas como a Liga das Nações de Voleibol Feminino”, explica Kevin Ho. A recém-concluída etapa de Macau da Liga das Nações de Voleibol 2024 contou com a participação de oito das melhores equipas de voleibol feminino do mundo, que competiram em Macau durante seis dias.
“Ainda é possível que Macau receba um vasto leque de competições desportivas internacionais de elevada qualidade, atraindo atletas e os seus apoiantes de todo o mundo”, continua o mesmo responsável. “Com estas instalações e uma colaboração mais estreita com a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin e na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau como um todo, juntamente com as oportunidades decorrentes dos Jogos Nacionais no próximo ano, podemos definitivamente explorar mais eventos desportivos internacionais na cidade.”
Contudo, a realização de determinados eventos desportivos pode causar transtornos no dia-a-dia dos residentes. Por exemplo, o Grande Prémio de Macau e a Maratona Internacional de Macau resultam no encerramento temporário das estradas. “Não é surpreendente que alguns residentes possam não estar satisfeitos com a organização de tais eventos”, afirma Kevin Ho. “Assim, é importante que as autoridades melhorem a comunicação com o público em geral sobre os benefícios dos eventos desportivos, aumentando o seu apoio e compreensão do desenvolvimento da estratégia ‘desporto+’.”
Cidade Cultural da Ásia Oriental
Kevin Ho, que também é deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional, destaca a recente selecção de Macau como “Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025” e o potencial que esta designação abre para promover os sectores do turismo, cultura e desporto. A Cidade Cultural da Ásia Oriental é uma iniciativa anual lançada conjuntamente pela China, Japão e Coreia do Sul, apresentando a herança histórica e cultural destes três países. Todos os anos, uma ou duas cidades de cada país são nomeadas e seleccionadas como cidades culturais da Ásia Oriental.
O Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura revelou que Macau receberá oficialmente a designação num encontro no Japão, em Setembro. No ano seguinte, serão organizadas exposições culturais de grande escala, conferências internacionais e mostras de património cultural imaterial sob o tema “Encontro do Oriente com o Ocidente e harmonia asiática”.
“[O Governo da RAEM] irá aproveitar a selecção para as ‘Cidades Culturais da Ásia Oriental 2025’ para expandir ainda mais a singularidade cultural da cidade, melhorar a construção de sistemas e instalações de serviços culturais públicos e aprofundar o papel de Macau como ‘uma base de intercâmbio e cooperação para a promoção da coexistência multicultural, com predominância da cultura Chinesa’, promovendo o intercâmbio e aprendizagem mútuos entre as civilizações chinesa e estrangeira”, referiu o gabinete da Secretária em comunicado.
Festivais e espectáculos
Os objectivos da cidade de se transformar numa base multicultural de intercâmbio e cooperação e numa “Cidade de Artes Performativas” para promover a sua indústria cultural também estão sublinhados no plano de diversificação para Macau. De acordo com o documento oficial, para alcançar estes objectivos, as autoridades pretendem acolher mais eventos culturais e artísticos, optimizar as instalações para espectáculos e eventos, implementar medidas de apoio aos profissionais, marcas e produções culturais locais e reforçar os intercâmbios culturais e artísticos com outras partes do mundo.
O plano sugere reforçar a colaboração com as empresas integradas de turismo e lazer para optimizar os programas artísticos e culturais existentes, como o Festival de Artes de Macau, o Festival Internacional de Música de Macau, o Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa e o Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau, bem como para introduzir novas ofertas. Por exemplo, o Instituto Cultural (IC) irá acolher a edição inaugural do Festival Internacional de Arte Infantil em Julho e Agosto, com espectáculos de palco, exposições, instalações ao ar livre e workshops.
De acordo com o IC, Macau acolheu mais de 10 mil actividades culturais e artísticas em 2023, incluindo 2 mil espectáculos culturais e de entretenimento de grande envergadura organizados pelo Governo e por entidades privadas. O conjunto dessas actividades atraiu um público estimado em quase 20 milhões de pessoas. Além disso, os concertos organizados em 2023 pelas seis concessionárias geraram 1,1 mil milhões de patacas em receitas de bilheteira e atraíram cerca de 1 milhão de pessoas.
O plano de diversificação também inclui compromissos para construir novas instalações e modernizar as infra-estruturas para espectáculos e eventos culturais e artísticos. O Governo da RAEM seleccionou recentemente um terreno com uma área de 94 mil metros quadrados, no cruzamento da Avenida do Aeroporto com a Rua de Ténis no Cotai, para criar um espaço temporário para espectáculos ao ar livre, com capacidade para pelo menos 50 mil pessoas. O local poderá receber grandes concertos de artistas internacionais, bem como programas de artes performativas, festivais culturais e outras actividades.
Impulsionar o turismo
A construção deste recinto “criará boas condições para a realização de espectáculos de grande dimensão ao ar livre em Macau, de forma a atrair os espectáculos de nível internacional”, frisou o IC.
A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, disse que as autoridades estão empenhadas em acolher o primeiro espectáculo neste novo espaço durante os primeiros dois meses de 2025.
Ainda no que toca ao apoio à cultura, as autoridades têm garantido o apoio à revitalização de mais edifícios históricos e locais de património cultural para exploração de actividades culturais e turísticas, como as vivendas de Mong-Há, o Pátio da Eterna Felicidade e a Mansão da Família Chio. Deverá também haver mais ofertas culturais que incorporem o património imaterial da cidade, como as festas tradicionais, acrescenta o plano de diversificação.
Segundo Samuel Tong, é esperado que o desenvolvimento dos sectores MICE, desportivo e cultural contribua para o avanço da indústria turística de Macau e promova Macau como um destino atractivo. “Ao acolher concertos, eventos desportivos e exposições, a par de melhorias na rede de voos internacionais e regionais, Macau tem potencial para atrair mais turistas e expandir os seus mercados emissores de turismo”, explica o académico.
O Governo da RAEM espera que a cidade receba um total de 33 milhões de visitantes este ano, dos quais mais de 2 milhões serão provenientes de mercados internacionais. Esta meta representa uma taxa de recuperação superior a 83 por cento em comparação com os 39,4 milhões de visitantes registados em 2019.
Estes eventos desportivos, MICE e culturais não só atraem mais turistas, mas também podem contribuir para melhorar o espírito empresarial local, destaca o presidente do Instituto de Gestão de Macau. “Os visitantes têm a oportunidade de fazer compras e consumir na comunidade local enquanto participam nestes eventos, o que pode impulsionar o consumo local e injectar vitalidade na economia local”, acrescenta Samuel Tong.