Poucos compositores terão tido tanto impacto na história da música ocidental como Johann Sebastian Bach. Com uma obra com um pendor eminentemente religioso – ao ponto de lhe ser assacado com frequência o cognato de “O Quinto Evangelista” –, Bach criou novas formas musicais e desenvolveu outras, deixando um legado de grande riqueza e complexidade.
Em poucos trabalhos essa sofisticação e magnificência são tão evidentes como em o “Oratório de Páscoa”, a primeira de um ciclo de três composições que o músico germânico dedicou às datas mais importantes da liturgia cristã.
A obra – que integra habilmente orquestra, canto a solo e ensemble coral – reproduz musicalmente em onze movimentos os relatos dos Evangelhos sobre a ressurreição de Jesus Cristo.
Em o “Oratório de Páscoa”, a música de Bach transfigura-se e adquire a forma de um tratado de estética teológica, uma pauta em que o barroco se apresenta no mais sublime da sua essência e em que a glória divina se insinua no contraste entre uma certa inquietude melodiosa e a transcendência das vozes.
Os acordes do “Oratório de Páscoa” vão fazer-se ouvir ao início da noite de 28 de Março, na Igreja de São Domingos, pela mão da Orquestra de Macau. A sinfónica do território apresenta, em colaboração com o Coro dos Aprendizes de Hong Kong (“The Learners Chorus”, na designação em língua inglesa), esta obra-prima monumental de Johann Sebastian Bach sob a regência de Appolo Wong.
“Presente de Páscoa: Oratório de Páscoa de Bach”
LOCAL Igreja de São Domingos
DATA 28 de Março, às 20 horas
PREÇO 150 patacas