Inês Yeung Sai Ip, presidente da Associação de Culturismo e Fitness, considera que há “três momentos decisivos” no desenvolvimento da modalidade em Macau. O primeiro teve lugar em Doha, no Qatar, em 2006, quando a delegação do território “ganhou a primeira medalha de bronze em Jogos Asiáticos em representação de Macau”, através da prestação do atleta Chong Ka Lap.
Segundo refere a dirigente associativa, tratou-se da primeira grande conquista fora de portas do culturismo de Macau. De resto, desde 2004 que a Associação de Culturismo e Fitness participa em eventos internacionais da modalidade. “Além disso, realizamos anualmente o Campeonato Aberto de Culturismo de Macau, a fim de promover uma plataforma competitiva para os atletas locais, também com o objectivo de atrair novos talentos para a selecção”, acrescenta Inês Yeung Sai Ip.
O segundo grande momento para o culturismo local, nas palavras da dirigente, aconteceu em 2014, quando a associação organizou em Macau o 48.º Campeonato Asiático de Culturismo, no Pavilhão Polidesportivo Tap Seac, atraindo mais de 350 pessoas, vindas de 29 países e regiões. Macau esteve representado por 17 atletas.
A delegação local conquistou uma medalha de ouro pelo atleta Iao Chong Wa, além de uma medalha de prata e cinco de bronze – o melhor resultado até então para o território em campeonatos internacionais. “Além disso, representantes de muitos países asiáticos elogiaram o nível da competição”, aponta Inês Yeung Sai Ip, indicando que o evento foi um marco de maturidade para a modalidade em Macau.
A primeira medalha de ouro internacional no segmento feminino chegou em 2019, pela mão da atleta Tian, marcando um novo ponto alto para o culturismo do território. Aconteceu durante o 53.º Campeonato Asiático de Culturismo, que decorreu em Batam, Indonésia, evento onde Macau participou com uma delegação de 14 membros. “Obtivemos resultados frutuosos nesse campeonato”, recorda Inês Yeung Sai Ip. “A nossa equipa também obteve algumas outras medalhas.”
Depois disso, veio a pandemia da COVID-19, o que levou a uma suspensão da participação de culturistas locais em competições fora do território. A Associação de Culturismo e Fitness planeia voltar aos palcos internacionais já em Dezembro deste ano, levando uma delegação ao próximo campeonato mundial da modalidade, a decorrer na Tailândia – porém, tal vai depender dos desenvolvimentos ao nível da pandemia. “Embora ainda não possamos confirmar se podemos realmente ir ou não, estamos a trabalhar na nossa preparação”, assegura a presidente.