Zhang Dejiang, que além de presidente da Assembleia Popular Nacional é membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder, falava numa palestra em Macau, cuja cobertura jornalística foi reservada a apenas alguns órgãos de comunicação social.
Conhecida também como a regulação do artigo 23.º da Lei Básica, a lei anti-subversão, que entrou em vigor em Macau em 2009, prevê e pune os crimes contra o Estado.
O Governo de Hong Kong tentou em 2003 implementar esta legislação, ou seja, o artigo 23.º da Lei Básica, mas o plano foi abortado depois da oposição de deputados pró-democracia e activistas e de meio milhão de pessoas ter saído à rua em protesto, por receios de que Pequim usasse esta lei para reprimir a dissidência na região.
Segundo a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong, no segundo dia de uma visita oficial à cidade, Zhang disse que a população de Macau não pode dar-se ao luxo de ter agitação, sublinhando que as pessoas não desperdiçam energia e esforços em discussões que não levam a lado nenhum.
Para o “número três” da hierarquia chinesa, os residentes de Macau têm sido pragmáticos e procurado oportunidades ao associarem as vantagens do território às tendências de desenvolvimento do país.
Zhang disse que as “forças patrióticas” em Macau têm mantido uma posição de liderança na sociedade e devem ensinar as gerações futuras a amar o país.
Também disse que esses grupos patrióticos entenderam correctamente a implementação do princípio “Um país, dois sistemas”.
Antes do seminário, Zhang fez uma visita inédita à Assembleia Legislativa da cidade, durante a qual disse aos deputados para não desperdiçarem tempo em bloqueios ou a envolverem-se em actos de violência.