Urbanismo

Regenerar lugares com história para rejuvenescer a cidade

A revitalização das zonas históricas de Macau irá contar com o apoio da comunidade
Renovação, requalificação e revitalização são palavras-chave no actual processo de rejuvenescimento de algumas zonas históricas de Macau. Os projectos de transformação urbana, assegura o Governo, irão desempenhar um papel importante no desenvolvimento diversificado do território

Texto Nelson Moura

A paisagem urbana de Macau está a atravessar um período de transformação considerável graças a uma série de projectos de revitalização urbana que prometem injectar nova vida em algumas das zonas mais carismáticas da cidade.

As diferentes formas de intervenção propostas para vários pontos da cidade pretendem regenerar espaços públicos com o objectivo de lidar com questões sociais e até estimular a economia local, segundo o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

O plano, que conta com o apoio das seis empresas integradas de turismo e lazer de Macau, visa tornar, gradualmente, as zonas históricas da cidade em destinos culturais e turísticos, de acordo com a Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. A ideia, adiantou a governante numa sessão de apresentação dos projectos, em Abril, é que este seja o ponto de partida para criar um ambiente favorável para os diferentes sectores da sociedade.

A iniciativa visa revitalizar bairros históricos, promover o envolvimento da comunidade e diversificar a economia da cidade. Cada concessionária tem a seu cargo projectos específicos que contribuem para um objectivo mais amplo, com a Revista Macau a rever as várias iniciativas planeadas para as diversas zonas da malha urbana de Macau.

Como parte dos novos contratos de concessão, assinados, em 2022, entre a RAEM e as seis empresas integradas de turismo e lazer, um total de 108,76 mil milhões de patacas deverá ser investido – ao longo do período de dez anos das novas concessões – em elementos não relacionados com o sector do jogo. As autoridades locais exigem o compromisso destas empresas para com a revitalização urbana, a diversificação económica e a preservação cultural. Os projectos não apenas pretendem regenerar áreas históricas, mas também incentivar o envolvimento da comunidade e atrair mais visitantes internacionais, solidificando Macau como um centro mundial de turismo e lazer.

Para o arquitecto Rui Leão, “faz sentido que as concessionárias tenham de desenvolver modelos economicamente sustentáveis […] para essas zonas” da cidade.

“Isto significa uma obrigação social adicional, que está a ser imputada para que essas entidades tenham a capacidade de ter um modelo de negócio sustentável para o que estejam a propor para o Centro Histórico de Macau. É difícil, porque a gestão do património raramente se coaduna com um modelo económico com lucro”, realçou o presidente da DOCOMOMO Macau, uma organização que se propõe documentar e preservar as criações do Movimento Moderno na arquitectura, urbanismo e manifestações afins.

Segundo Rui Leão, que é também presidente do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Portuguesa, será importante assegurar “uma visão de conjunto a nível de gestão de património e não a nível de negócios”, algo que deverá ser “feito com um plano de intervenção” específico.

“Para isso, é preciso uma entidade independente e que esteja a operar só a nível técnico – como um arquitecto ou urbanista com uma equipa –, e que monte o cenário da alteração urbana sem ter uma ligação com a política designada pelo Governo nem com o modelo de negócio definido pelo operador”, acrescenta.

Metas traçadas

Na apresentação dos projectos, a presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, detalhou as características e expectativas do Governo no que diz respeito à revitalização das diversas zonas históricas do território.

De acordo com a dirigente, as quatro zonas históricas localizadas na península de Macau devem ilustrar a história e a cultura das diferentes comunidades locais. Através da integração e expansão dos espaços, o âmbito de cobertura dessas zonas abrange todo o bairro antigo do Porto Interior.

As autoridades querem intensificar o fluxo de pessoas entre as diferentes zonas, reforçando as conexões e potencializando a complementaridade entre as diferentes áreas. Quanto às duas zonas históricas na Taipa e em Coloane, antigas áreas industriais, quer-se agora maximizar as suas características distintivas para introduzir novos elementos ao desenvolvimento cultural e turístico das ilhas.

“Os projectos de revitalização visam valorizar a história e a cultura das áreas antigas, criar zonas atractivas com identidade única, impulsionar o sector cultural de Macau e promover o desenvolvimento das pequenas e médias empresas locais”, afirmou Leong Wai Man.

“Através da cooperação entre o Governo da RAEM e as empresas integradas de turismo e lazer […] pode-se ajudar estas empresas a resolver, de forma mais célere, os pormenores técnicos durante o processo de revitalização, o que permite às seis empresas desenvolver uma cooperação e planeamento abrangentes e diversificados, e de longo prazo, através da colaboração com as pequenas e médias empresas locais, assim como com os profissionais e talentos da área cultural de Macau”, acrescentou a responsável.

Desde Setembro de 2023, as empresas têm organizado eventos temáticos nas zonas históricas, atraindo “com sucesso turistas das principais zonas turísticas para estes bairros, dinamizando a economia do turismo cultural na comunidade”, realça o IC em resposta à Revista Macau.

“Desde o lançamento dos projectos, o número de visitantes aos bairros antigos tem aumentado visivelmente e novas empresas foram atraídas para estes bairros, causando um certo efeito na divulgação das características culturais de Macau e no impulsionamento económico dos bairros antigos”, destaca o organismo público.

De acordo com a Secretária Ao Ieong U, dependendo de como todo o processo for conduzido e dos resultados alcançados, será estudada a “possibilidade de alargar o âmbito destas zonas, ampliando ainda mais o benefício” que estes projectos de revitalização podem trazer à cidade.

Panchões e património industrial

No coração da Taipa, mais do que um pedaço de história, a Fábrica de Panchões Iec Long, fundada em 1925, é um dos poucos espaços que mantém viva a memória do património industrial de Macau. O espaço é o único conjunto de edifícios da indústria de panchões de Macau ainda preservado, com o IC a completar a primeira fase da revitalização em 2022, incluindo um passadiço de 400 metros e a recuperação de pequenos edifícios, abertos ao público no final do mesmo ano.

Exposições e instalações interactivas tornam a Fábrica de Panchões Iec Long num espaço mais dinâmico

A próxima fase da renovação da Fábrica de Panchões Iec Long inclui a preservação dos edifícios históricos e da paisagem ecológica, assim como a adição de elementos interactivos, numa intervenção que conta com o apoio da empresa Sands China Ltd.

Numa resposta à Revista Macau, a empresa sublinhou as várias iniciativas levadas a cabo até ao momento no que diz respeito ao plano de revitalização sob a sua responsabilidade, que inclui, além do melhoramento e utilização da Fábrica de Panchões Iec Long na Taipa, a regeneração do Pátio da Eterna Felicidade e da Rua das Estalagens na península, bem como a realização de várias iniciativas.

“Estes eventos [na antiga Fábrica de Panchões] incluem oficinas interactivas e instalações que celebram o património desportivo motorizado de Macau, transformando o local histórico num espaço animado, tanto para os locais como para os turistas”, refere a operadora.

Para celebrar o Festival da Primavera, por exemplo, a empresa organizou diversas actividades na Fábrica de Panchões e na zona das Casas-Museu da Taipa, apresentando decorações tradicionais do Ano Novo Lunar e vários espectáculos. Foram também apresentados projectos para investir em experiências temáticas para enriquecer o percurso pedestre entre a Fábrica de Panchões e as Casas-Museu da Taipa, com este último espaço a tornar-se num local para fotografias de casamento.

O objectivo passa por criar uma experiência de realidade virtual que combina arte e tecnologia, promovendo a cultura chinesa e as características urbanas da zona, transformando o espaço num parque criativo que integra natureza, cultura, artes, moda e tecnologia.

Na península, o Pátio da Eterna Felicidade, o maior e mais bem preservado pátio ao estilo chinês em Macau, composto por 13 edifícios com um estilo arquitectónico unificado, será revitalizado em conjunto com a Rua das Estalagens, outrora uma das mais prósperas ruas comerciais de Macau. Desde que o IC assumiu a responsabilidade pelo Pátio da Eterna Felicidade, em 2019, foram realizadas várias obras de recuperação, com alguns edifícios já abertos ao público. A Sands China planeia transformar o pátio num espaço de criação artística, convidando artistas locais a estabelecerem residência artística.

A Rua das Estalagens será decorada por artistas de Macau, revivendo a sua aparência histórica. Por outro lado, o lançamento de um programa de angariação de propostas empreendedoras pretende atrair mais empresas e negócios à Rua das Estalagens e fomentar a economia ligada aos sectores da cultura e do turismo.

Do âmbito do plano da empresa faz também parte a realização de actividades culturais, recreativas e desportivas na praça do Centro Cultural de Macau, para criar um espaço urbano para a população. Nesse sentido, a “Série de Extensão do Programa de Artes Performativas – Mostra de Inverno” foi realizada na praça do Centro Cultural de Macau, oferecendo uma plataforma para artistas locais se apresentarem.

A resiliência da San Ma Lou

Lazer, experiências típicas e conforto são os conceitos-chave do plano de revitalização da zona central da península de Macau. Inaugurada por volta de 1918, a Avenida de Almeida Ribeiro, também comummente conhecida como San Ma Lou, continua a ser uma das principais avenidas da península. Nos seus dois lados, encontram-se predominantemente edifícios de dois a quatro pisos com arcadas, de diferentes estilos arquitectónicos, desde o neoclássico, com características modernistas, ao tradicional chinês.

As praças nas imediações da San Ma Lou fazem parte do plano de recuperação para o centro da cidade

O projecto de regeneração, incluindo a zona do Porto Interior num dos extremos da avenida, está a cargo da SJM Resorts, S.A..

A ideia passa por incluir as ruas e as praças nas imediações da San Ma Lou no esforço de recuperação, como as pontes-cais do Porto Interior, o Largo do Pagode do Bazar e a Praça de Ponte e Horta, introduzindo diferentes actividades em articulação com os elementos culturais da zona, de forma a injectar vitalidade e promover o desenvolvimento económico dos bairros antigos adjacentes.

O plano inclui a revitalização e conservação das pontes-cais n.os 14 e 16 e do antigo casino flutuante “Macau Palace”, bem como a reestruturação do Centro Cultural e Recreativo Kam Pek. Assim que os trabalhos estejam concluídos, o “Macau Palace” será atracado na ponte-cais n.º 14, acolhendo restaurantes, zona comercial e um museu dedicado à cultura do jogo, visando dinamizar aquela zona da cidade.

Outras áreas ao longo da Avenida de Almeida Ribeiro serão transformadas em espaços culturais e artísticos, com planos para a realização regular de feiras de arte e gastronomia.

O Centro Cultural e Recreativo Kam Pek, que o grupo SJM adquiriu, em Maio, por 166 milhões de dólares de Hong Kong, será também transformado num espaço para comércio e oferta gastronómica tradicional, proporcionando uma plataforma para as pequenas e médias empresas locais venderem produtos característicos ou originais.

Activar as pontes-cais

Também a área das pontes-cais n.os 23 e 25, no Porto Interior, está prestes a ganhar nova vida. Este local histórico, construído nas décadas de 1940 e 1950, possui uma localização geográfica privilegiada, com uma paisagem costeira única e uma forte atmosfera comunitária.

A Fortaleza do Monte acolheu, em Setembro, um Festival do Bolo Lunar

A Melco Resorts (Macau), S.A. ficou responsável por revitalizar estas pontes-cais, com o projecto a apontar à criação de espaços de ligação únicos, impulsionando o fluxo de pessoas e conectando o Centro Histórico de Macau, inscrito na Lista do Património Mundial desde 2005, com a zona do Porto Interior e outras áreas históricas da península.

As pontes-cais n.os 23 e 25 estão rodeadas por lojas tradicionais e restaurantes, e ligadas a bairros tradicionais e edifícios históricos, como a Rua de Cinco de Outubro, o Templo do Bazar, a Igreja de Santo António e a Biblioteca do Patane. O projecto pretende usar essas pontes-cais como pontos centrais, de modo a criar mais experiências de turismo cultural e a enriquecer a diversidade do turismo comunitário na RAEM.

A empresa apresentou o tema “Conservação – Revitalização – Simbiose” como a âncora do plano de revitalização, integrando elementos culturais, artísticos, gastronómicos e de lazer, e promovendo um desenvolvimento sustentável.

Para aproveitar os recursos históricos e culturais de Macau, a operadora comprometeu-se a melhorar os espaços em redor da Fortaleza do Monte, proporcionando uma experiência diversificada de actividades culturais e de lazer.

Numa primeira fase, o IC e a Melco Resorts organizaram eventos durante o Festival do Bolo Lunar, com apresentações e bancas de comida no Jardim da Fortaleza do Monte, bem como concertos em frente às Ruínas de São Paulo, integrando elementos festivos nas áreas circundantes.

A busca pela felicidade

Localizada no centro da cidade, também a Rua da Felicidade é uma via antiga da península, com muitos recursos culturais envolventes, concentrados e característicos, que reúnem condições para serem revitalizados e aproveitados.

A Rua da Felicidade, no centro da cidade, foi palco de um desfile de moda que juntou dez marcas locais

Nos dois lados da Rua da Felicidade e do Beco da Felicidade encontram-se, na sua maioria, edifícios de dois pisos de aparência semelhante, com lojas no rés-do-chão e habitações no piso superior, com cobertura inclinada, reflectindo as características da arquitectura chinesa do século XIX, e sendo actualmente bens imóveis classificados.

A Wynn Resorts (Macau), S.A. apresentou um Plano da Zona Pedonal da Rua da Felicidade, um projecto com o propósito de criar uma experiência turística e cultural dinâmica ligando a Rua da Felicidade às principais zonas turísticas como a Avenida de Almeida Ribeiro e o Largo do Senado.

A zona pedonal abrange a Rua da Felicidade, Travessa do Mastro, Travessa do Aterro Novo, Rua do Matapau e Travessa de Hó Lo Quai, com actividades culturais, artísticas e comerciais planeadas para atrair visitantes e revitalizar o comércio local.

As obras incluem melhorias nos pavimentos, iluminação e limpeza ambiental, destacando a arquitectura histórica e cultural da área.

Depois de já ter promovido actividades artísticas, mercados culturais e criativos, e comidas e bebidas “especiais”, a empresa lançou também uma “Semana da Moda da Rua da Felicidade”, com a intenção de divulgar as últimas criações de marcas de Macau e revitalizar os negócios na comunidade através das artes e da cultura.

Cerca de dez marcas de moda local foram seleccionadas para um desfile inaugural, em que as marcas escolhidas apresentaram as suas colecções de Primavera/Verão 2024, com 70 “looks” de vários estilistas.

Contemporaneidade na Barra

“Contemporaneidade, moda, artes e vida” constituem o ponto de partida para explorar as narrativas históricas comunitárias da zona da Barra no entorno da Doca D. Carlos I. O plano de revitalização para esta área, a cargo da empresa MGM China Holdings Ltd., pretende “criar um novo tecido urbano que incorpore características culturais locais e se oriente para o desenvolvimento sustentável”.

Vários espectáculos têm animado a zona da Barra, incluindo concertos e desfiles de grupos artísticos

Esta zona da cidade engloba uma área repleta de instalações industriais relacionadas com a cultura e história marítima do território, testemunhando o desenvolvimento e as mudanças daquela zona desde finais do século XIX.

A área a regenerar cobre cerca de 35 mil metros quadrados em redor da Doca D. Carlos I e abrange 13 edifícios, como a actual sede da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, o Museu Marítimo, as Oficinas Navais e o antigo Matadouro Municipal.

Através da introdução de elementos como zonas verdes, postos de venda de produtos culturais e criativos, exposições de artesanato, actividades de entretenimento, instalações artísticas e cafés com esplanada, o projecto visa “elevar a qualidade de vida cultural dos residentes”, afirma o IC.

Actualmente, a operadora já encetou uma parceria com pequenas e médias empresas locais de serviços de alimentação nos estaleiros navais com o objectivo de promover iguarias locais e para tornar a zona “mais vibrante”.

A empresa refere que a meta é estabelecer um ecossistema “turismo+” mais diversificado, incluindo um “Mercado nocturno da Barra” aos fins-de-semana e “bazares” e “mercados de artesanato” regulares, criando um “novo modelo de consumo nocturno”.

O Largo do Pagode da Barra passou, desde o ano passado, a ser a base do Campeonato Internacional de Dança do Leão da MGM. “Através da realização de competições desportivas, esperamos atrair mais visitantes e negócios para as comunidades locais, algo que irá apoiar a diversificação económica de Macau”, defendeu Kenneth Feng, presidente e director executivo da MGM China, aquando do lançamento da iniciativa.

Desde o início do corrente ano, a empresa já organizou uma variedade de actividades na zona da Barra – incluindo exposições de arte, oficinas de flores e espectáculos de rua –, sob o conceito “Viver a Arte com Estilo”.

Pista de gelo em Coloane

Os esforços de revitalização estendem-se também à Vila de Coloane, mais concretamente aos Estaleiros de Lai Chi Vun, cuja construção teve início na década de 1950. Situados na zona ribeirinha de Coloane, os estaleiros – inactivos há quase 20 anos e a maior parte em avançado estado de deterioração – estão edificados em fiadas paralelas, perpendiculares à água.

Os Estaleiros de Lai Chi Vun, em Coloane, fazem agora parte dos roteiros turísticos de Macau

Como parte dos planos de revitalização do IC para a área, já foram inaugurados os lotes X11-X15 da primeira fase de reabilitação dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, com uma área de cerca de 3000 metros quadrados, onde foram instalados uma zona para exposições temáticas e um espaço para espectáculos e workshops.

A ideia agora passa por criar um parque típico de actividades de lazer, tendo como tema a indústria de construção naval de Macau, numa empreitada que tem o apoio da Galaxy Casino, S.A..

Os estaleiros, símbolos da construção naval de Macau, serão revitalizados para oferecer uma experiência única aos visitantes. A primeira fase inclui a criação de um salão de exposições dedicado à história da indústria naval local, bem como espaços ao ar livre arborizados, áreas para lazer e actividades culturais, bem como visitas guiadas a esta zona da Vila de Coloane.

Para a segunda fase do projecto estão planeadas uma pista de patinagem no gelo simulada e uma quinta urbana inovadora, criando-se um “oásis urbano” através das tecnologias mais recentes para cultivo de vegetais. Será ainda construído um espaço para desportos, incluindo várias instalações de diversão infantil e um espaço para bicicletas e scooters, de acordo com o plano apresentado pelas autoridades locais.

Ao mesmo tempo, a empresa irá desenvolver uma plataforma para os grupos artísticos e culturais locais poderem trabalhar, exibir e actuar naquela zona de Coloane, convidando os mesmos a estabelecer um local de encontro dedicado à cultura e arte local com uma livraria cultural e um café. Nesse sentido, serão organizadas regularmente actividades de intercâmbio cultural.

Além de promover o turismo cultural, o projecto visa fortalecer a conexão entre os Estaleiros Navais de Lai Chi Vun e as restantes atracções de Coloane, contribuindo para preservar o “valor cultural” dos estaleiros e dar uma nova vida à aldeia de Lai Chi Vun.