Se uma parceria com Macau pode beneficiar em muito o sector turístico de Hengqin, o certo é que a ilha vizinha, por si só, é cada vez mais um destino apetecível. No ano passado, o número de turistas que visitaram os principais pontos turísticos da ilha atingiu mais de 11,6 milhões, representando um aumento anual de 341,5 por cento face a 2022, altura em que diversas restrições anti-COVID-19 ainda estavam em vigor.
José Wong Weng Chou, director-assistente da Faculdade de Hospitalidade e Gestão Turística da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, considera que o forte aumento do turismo em Hengqin é resultado da recuperação do turismo no Interior da China após a COVID-19, ao mesmo tempo que, observa, há uma mudança na forma de viajar dos chineses.
Em vez de se deslocarem a destinos distantes, muitas pessoas optam agora por visitar pontos turísticos mais próximos, diz. Em Hengqin, o parque temático Chimelong Ocean Kingdom é uma das infra-estruturas que mais turistas atrai.
Numa entrevista recente, Su Kun, coordenador adjunto da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, destacou que a forte recuperação do turismo na ilha ajuda a consolidar o seu potencial no campo do turismo transfronteiriço. Nas palavras do responsável, a política de visto de grupo de múltiplas entradas tem o potencial de impulsionar Hengqin como uma ilha internacional de lazer e turismo de alto nível, apoiando, ao mesmo tempo, o posicionamento de Macau enquanto centro mundial de turismo e lazer.
