O Plano Director tem na sua base a preservação do património histórico-cultural de Macau, assegurando a necessidade de salvaguardar não só o Centro Histórico, como outros bens imóveis classificados e bens que constituem o património cultural do território.
Para o arquitecto Nuno Soares, o maior impacto do plano prende-se com a questão de “eliminar ou reduzir a pressão” sobre o Centro Histórico da cidade. “Estamos a ter mais zonas para expandir e estamos a descentralizar uma série de serviços públicos para fora do centro. Não temos muita ambição de construir mais no centro, e as novas necessidades que existem vão ser supridas nas zonas envolventes”, diz.
Ainda assim, Nuno Soares defende que é preciso aumentar a lista de edifícios classificados, “e com alguma rapidez”. Segundo diz, “há uma série de tipologias que são muito marcantes na paisagem urbana de Macau” e que ainda não estão representadas na lista, como é o caso das casas-pátio. Para o arquitecto, este trabalho é importante, “porque todos os dias esse património se vai perdendo”.