A CHINA criou no ano passado aquele que é já o maior mercado de créditos de carbono a nível mundial, com o objectivo de promover a redução das emissões de gases com efeitos de estufa. Lançado em Julho e com base em Xangai, permite que empresas do sector energético que ultrapassem as quotas de emissões que lhes foram atribuídas pelo Estado possam adquirir “licenças de poluição” de outras empresas, evitando assim multas.
O recém-inaugurado mercado inclui somente empresas termoeléctricas numa primeira fase, mas estima-se que estas sejam responsáveis por 40 por cento das emissões de dióxido de carbono do país. Em apenas 102 dias de operação, o mercado ultrapassou a fasquia dos 100 milhões de toneladas em termos de volume total de créditos de carbono negociados, representando um valor de RMB4,43 mil milhões (cerca de MOP5,58 mil milhões).
Os mercados de carbono não são uma novidade na China. Desde 2011, vários mercados piloto foram lançados a nível provincial, seguidos de um esquema a nível nacional em 2017.
O país também tem vindo a lançar incentivos com vista ao desenvolvimento de mecanismos financeiros de “crédito verde”, tendo aperfeiçoado as políticas de apoio para títulos obrigacionistas “verdes”. No fim de 2020, os “empréstimos verdes” tinham já atingindo cerca de RMB11,95 biliões.