O certame alia produções internacionais, nacionais e locais, e abre com a peça “Das Kapital”, pelo Centro de Artes Dramáticas de Xangai. Trata-se de uma nova versão do clássico de Karl Marx para assinalar o 200.º aniversário do seu nascimento, com elementos próprios do território.
Uma das peças em destaque é “Mulheres de Troia”, do mestre de teatro contemporâneo Tadashi Suzuki, sobre a miséria e a desolação do Japão no pós-guerra.
Suzuki pertence à primeira geração de directores e dramaturgos japoneses do período pós-guerra. É, também, o fundador da Suzuki Company of Toga e do primeiro festival internacional de teatro do Japão, o Festival Toga.
“Pôr-do-Sol nos Estaleiros”, pela Dream Theater Association, que conta a história da indústria local de construção naval, “Migrações”, do Teatro Experimental de Macau, e “Júlia Irritada”, pelo grupo de Singapura Nine Years Theatre, com base na peça do dramaturgo sueco August Strindberg, são outras peças centrais.
Do vasto programa aguarda-se também a adaptação de “O Processo” de Franz Kafka, pela companhia sul-coreana Sadari Movement Laboratory, e os concertos de fado pela Orquestra Chinesa de Macau.
A combinar teatro, dança e instalação, o programa apresenta ainda “Parasomnia” da portuguesa Patrícia Portela, “Murmúrio de Paisagem”, pela Associação de Artes e Cultura Comuna de Pedra, e “As Franjas Curiosas — Explosão da Caverna”, da coreógrafa local Tracy Wong.
Destaque ainda para o teatro em patuá pelo grupo Dóci Papiaçám di Macau, que vai analisar os principais assuntos da cidade em “Qui di Tacho?” (Que é do Tacho?). O patuá macaense, também conhecido como crioulo macaense, é uma língua crioula de base portuguesa formada em Macau.
O festival termina a 31 de Maio.