“Pensamos que nos próximos dias podemos contar aqui [em Macau] com um escritório de representação para, de facto, permitir que possamos estudar melhor o mercado asiático, procurar explorar as oportunidades que oferece e a partir delas apoiar o nosso tecido empresarial angolano”, afirmou, referindo-se em particular às micro e pequenas e médias empresas.
Coutinho Nobre Miguel falou à margem do Fórum Económico “Cidades Sustentáveis”, uma iniciativa integrada na 22.ª Feira Internacional de Macau (MIF).
Trata-se da segunda manifestação de interesse por parte de um banco angolano no antigo enclave português em menos de uma semana, após o anúncio de que o BIC Angola vai apresentar, no próximo mês, um pedido para se instalar na Região Administrativa Especial chinesa.
“A nossa prioridade em termos de internacionalização como factor incontornável para o crescimento e desenvolvimento sustentável passa necessariamente por três geografias: a primeira é ao nível da região da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral], a segunda na Europa e a terceira é, de facto, na Ásia e tendo como destino exactamente Macau”, realçou Coutinho Nobre Miguel.
A entrada de Macau na agenda da internacionalização do banco SOL, estabelecido em 2001, surge no quadro do desígnio atribuído por Pequim a Macau como uma plataforma económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
“Com base nessa agenda e o apoio que tenho localmente de escritório de advogados ainda ficarei por cá algum tempo para trabalhar com alguns bancos [locais] e com alguma classe empresarial (…) também, e julgo que, do aprofundamento e do conhecimento, poderei criar aqui a convicção necessária para olhar para o horizonte temporal necessário e adequado para a nossa presença neste mercado”, explicou Coutinho Nobre Miguel.
“Estamos num plano de prospecção (…) porque não temos domínio profundo do mercado. Preferimos contratar serviços locais de advogados e de especialistas na área económica e financeira que têm conhecimento profundo da realidade económica de Macau e da Ásia e que estão a dar-nos o apoio necessário. Acredito e creio que, de facto, da análise que faremos tomaremos decisões no curto prazo”, afirmou.