Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 10,28 mil milhões de dólares – mais 43,74% – e vendeu produtos no valor de 4,56 mil milhões dólares – mais 12,97% comparativamente aos primeiros dois meses do ano passado.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 10,35 mil milhões de dólares, valor que traduz um aumento de 35,64% em termos anuais homólogos.
As exportações da China para o Brasil atingiram 3,69 mil milhões de dólares, reflectindo uma subida de 27,61%, enquanto as importações chinesas totalizaram 6,66 mil milhões de dólares, mais 40,54% face aos primeiros dois meses de 2016.
Com Angola – o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia – as trocas comerciais cresceram 42,40%, atingindo 3,48 mil milhões de dólares. Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 252,1 milhões de dólares – menos 7,72% – e comprou mercadorias avaliadas em 3,23 mil milhões de dólares – ou seja, mais 48,69%.
Já com Portugal, terceiro parceiro da China entre os países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se em 704,9 milhões de dólares – menos 12,84% –, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens na ordem de 425,3 milhões de dólares – menos 35,73% – e comprou produtos avaliados em 279,5 milhões de dólares, isto é, quase o dobro (+90,26%).
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne a nível ministerial de três em três anos.
São Tomé e Príncipe passou a fazer parte Fórum Macau no final de Março, após a China ter anunciado o restabelecimento dos laços diplomáticos com aquele país africano, o que sucedeu dias depois de o país ter cortado relações com Taiwan e reconhecido a República Popular da China.