A organização realizou no dia 5 de Dezembro uma sessão de esclarecimentos no Auditório do MAM a fim de anunciar à imprensa os artistas escolhidos para representarem Macau nesta edição da Bienal, bem como para dar a conhecer o projecto do pavilhão de Macau.
A exemplo de edição anteriores, coube ao MAM a escolha de um artista de Macau activo nos círculos artísticos locais, com realizações notáveis tanto em termos de produção artística como de contributo para a promoção das artes e um ícone entre os artistas contemporâneos para participar e apresentar as suas obras mais representativas no Pavilhão de Macau nesta edição da Bienal. Para o efeito, o MAM instituiu uma comissão de selecção constituída por cinco membros, incluindo o director do MAM, Chan Hou Seng, o consultor de arte do MAM, António Conceição Júnior, a directora da Escola de Artes do Instituto Politécnico de Macau, Hsu Hsiu-Chu, o artista de Macau, Wong Ho Sang, e o curador do MAM, Ng Fong Chao, que escolheram um nome de uma lista de cerca de 40 artistas. A escolha de Wong Cheng Pou reuniu consenso entre os membros do júri, o qual assim irá apresentar as suas obras lado a lado com artistas contemporâneos de nível mundial.
Wong Cheng Pou nasceu em Macau em 1960, recebeu o Prémio Sovereign Asian Art em 2010 e foi reconhecido como um dos 30 artistas de topo da Ásia; esteve envolvido no desenvolvimento da educação artística moderna em Macau e dedica-se pessoalmente, desde a década de noventa, à educação da arte da gravura. Wong Cheng Pou foi Assistente de Investigação Honorário da Escola de Belas Artes Slade, do University College London, e é actualmente Presidente do Centro de Pesquisa de Gravura de Macau e Curador-chefe da Trienal de Gravura de Macau. No passado, ocupou o posto de Chefe da Divisão de Investigação e Museologia do Leal Senado de Macau, Chefe do Departamento de Gravura da Academia de Artes Visuais (actualmente Escola de Artes do Instituto Politécnico de Macau) e Coordenador da Exposição Etnográfica no Museu Luís de Camões. As suas obras já foram apresentadas em Macau, no Interior da China, Japão e Reino Unido, entre outros, e fazem parte de colecções de diversas instituições pelo mundo.
No Pavilhão de Macau desta edição da Bienal, Wong Cheng Pou irá criar um ambiente de cruzamento entre espaço e tempo através de modelos tridimensionais, instalações, pinturas e imagens móveis, para expressar a sua experiência sobre o rápido desenvolvimento de Macau em anos recentes e provocar recordações de regresso ao campo.
A Bienal de Arte de Veneza, que teve início em 1895, é um dos eventos artísticos mais importantes da actualidade, atraindo em cada edição centenas de milhares de visitantes de todo o mundo, numa espécie de peregrinação artística. Macau foi convidada a participar na mesma pela primeira vez em 2007, passando a poder divulgar as suas criações num palco internacional prestigiado. Este ano marca a sexta exposição organizada pelo MAM para o 15.º artista local. Na edição passada, o Pavilhão de Macau atraiu mais de 60 mil visitantes.