A presidente da Comissão, a socialista Edite Estrela, disse aos jornalistas que Camilo Pessanha (1867-1926) foi “um grande poeta, nomeadamente do simbolismo” e “justifica-se” a trasladação para o Panteão Nacional, mas alertou para a necessidade de se encontrar uma estimativa dos custos, antes do parecer ser entregue à conferência de líderes parlamentares.
Já a deputada Gabriela Canavilhas defendeu que a última morada do poeta em Macau “é um marco da presença e da memória portuguesas”, acrescentando que “o túmulo é algo de tangível”. A socialista defendeu um investimento do Estado português no “aumento da sua visibilidade, mantendo o túmulo nas diferentes rotas e tornar o poeta mais conhecido em Macau”.
Pela mesma linha de pensamento segue a deputada do CDS/PP Teresa Caeiro, que considerou ainda a necessidade “de haver um maior envolvimento socio-cultural para que esta trasladação ocorresse”.
Os deputados do PSD e do PCP argumentaram que deve “ser melhor conhecida a fundamentação”.
Antes de dar o seu parecer, a Comissão Parlamentar quer conhecer o documento que propõe a trasladação dos restos mortais do autor de “Clepsidra”, cujos subscritores não foram publicamente revelados, ouvir o Instituto Cultural de Macau e a Academia de Ciências de Lisboa.