O programa de doutoramento em gestão do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) decorre na cidade de Chengdu, na província de Sichuan, em conjunto com a University of Electronic Science and Technology of China (UESTC).
A associação – a primeira associação de alunos de doutoramento do ISCTE na China – é composta por 120 membros, disse à agência Lusa a directora de programas com a China do ISCTE, Virgínia Trigo. “O objectivo é consolidar a ligação entre os alunos das várias edições do doutoramento e promover essas ligações, promover as pesquisas e o entendimento entre os dois países e as duas universidades”, afirmou.
“A educação é o melhor produto para se exportar e estes alunos e as suas famílias vão estar para sempre ligados a Portugal, [isto] tem um efeito multiplicador enorme. Achamos que é um grande contributo”, acrescentou, referindo que 40 alunos já se doutoraram em Chengdu.
A formalização da Associação de Alunos de Doutoramento do ISCTE em Chengdu vai contar com a presença do embaixador de Portugal na China, Jorge Torres-Pereira, e a delegada da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) em Pequim, Alexandra Leite.
A cerimónia vai ainda coincidir com a abertura do ano lectivo da quinta edição do programa de doutoramento em Gestão em Chengdu.
O ISCTE tem também em curso um programa de doutoramento em Gestão Hospitalar na província chinesa de Cantão, adjacente a Macau, onde também já tem formalizada uma associação de alunos de mestrado. “A nossa presença na China é bastante forte, porque desde 1989 que estamos nesta parte do mundo”, disse Virgínia Trigo, ao recordar que o ISCTE já esteve presente em Macau, tendo depois estendido a presença ao interior da China.
Já o reitor Luís Reto salientou que “fruto das ligações do ISCTE com as universidades chinesas”, é enviada uma média de 40 alunos chineses anualmente para fazerem mestrado no campus de Lisboa.
O reitor do ISCTE explicou que, além das universidades chinesas em Chengdu e Cantão, actualmente a instituição de ensino superior portuguesa tem em vigor mais de dez acordos com diferentes universidades chinesas, onde estão a ser ensaiados outros tipos de cooperação. “Temos trocas de alunos nos dois sentidos, e estamos a tentar fazer outro tipo de diplomas mas não para doutoramentos porque depois começamos a ter um problema de qualidade, por não termos professores suficientes para orientar as teses”, acrescentou.