O memorando foi celebrado pelo director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) de Macau, Kou Peng Kuan, e pelo director-geral de Interpretação da Comissão Europeia, Carlos Alegria. “Este programa de cooperação iniciou-se em 2006, com a necessidade dos serviços de Macau disporem de um número suficiente de intérpretes em língua chinesa e portuguesa nomeadamente na área jurídica, uma das áreas em que havia mais falta”, explicou Carlos Alegria.
O balanço “foi positivo”, realçou, uma vez que se acabou de assinar um memorando geral de intenções que abre caminho ao protocolo que vai marcar o arranque de um “novo ciclo”, atendendo a que o actualmente em vigor termina em Fevereiro do próximo ano.
Até ao momento, explicou a coordenadora intérprete da Direcção-Geral de Interpretação da Comissão Europeia, Etelvina Rocha Gaspar, foram formados 79 intérpretes sob o chapéu desta cooperação.
O novo programa tem a duração de três anos, durante o qual vão ser organizados três cursos de formação, com duração de dois anos cada e um limite máximo de 25 formandos por curso.
Em comunicado, os SAFP indicam que os cursos vão ter uma nova concepção, introduzindo conteúdos de formação das capacidades de expressão escrita da língua chinesa, estando previsto que a Shanghai International Studies University seja convidada a leccionar, “para consolidar as capacidades de tradução da língua portuguesa para a língua chinesa dos formandos”, cabendo à Direcção-Geral de Interpretação da União Europeia a formação de intérpretes. “O novo programa visa preparar os formandos com capacidades de interpretação de conferência e de tradução, com o intuito de satisfazer as necessidades que a Região Administrativa Especial de Macau tem de tradutores da língua chinesa e portuguesa”, realçam os SAFP.