De acordo com o programa previsto para o certame, o Festival de Artes conta com 30 espectáculos e mais de uma centena de actividades, entre a música, dança, teatro e exposições.
O Ballet Lied, de França, numa estreia asiática e num espectáculo dedicado ao canto e à dança, abre o festival de artes que encerra com a produção de teatro Trust, da Alemanha.
Em Macau, a companhia portuguesa vai apresentar “Terceira Idade”, baseada num texto homónimo de Vieira Mendes, propondo-se responder à questão: “Será que digo que sou velho porque sou velho ou sou velho porque digo que sou velho?”.
Além das companhias estrangeiras, oriundas do Reino Unido, China, Bélgica, Espanha, ou Taiwan, Macau estará representado em várias actividades como a exposição de pintura e caligrafia chinesa com 74 obras disponíveis, e também em espectáculos de teatro, dança ou ópera.
A Orquestra Chinesa de Macau sobe ao palco para apresentar “Sonho de Viagem ao Ocidente” sob a direcção do maestro Pang Ka Pang e a Orquestra de Macau, dirigida por Lu Jia, apresentará “Alma de Macau”.
Sempre muito concorrido é o teatro em patuá de Miguel Senna Fernandes, o dramaturgo e encenador do grupo Dóci Papiaçam di Macau, que todos os anos promove a sátira no dialeto macaense. Este ano regressa com mais um tema actual: “Macau tem talento”, numa alusão à promoção de formação de quadros qualificados, apelidados de ‘talentos’, em que a cidade tem apostado para o desenvolvimento local e para se afirmar como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.
Ao longo de Maio, os espectáculos decorrem em espaços integrados na lista de Património de Macau (e/ou da UNESCO) como o Teatro D. Pedro V, a Igreja de São Domingos, o Largo do Pagode da Barra, conservatório, edifício do antigo tribunal, Centro Cultural, Torre de Macau, Cinema Alegria, Museu de Macau, Praça do lago Sai Van ou na galeria do Tap Seac, num misto entre espaços ao ar livre, salas de espectáculos e locais de culto.
Na apresentação do Festival de Artes de Macau, Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural, salientou que o certame “apresenta não só obras inovadoras de nível internacional como também se dedica a proporcionar oportunidades aos artistas locais para demonstrarem o seu talento”.
No programa, como noutros anos, estão integradas também palestras, workshops e conversas pós-espectáculos que visam proporcionar ao público interagir com os grupos criativos, reforço a temática do festival para 2015, intitulada “Encontro”.