Contrariando a ideologia subjacente à política ultramarina portuguesa, esta obra quebrou, à época, a unanimidade entre os intelectuais portugueses sobre o valor historiográfico dos estudos deste autor.
Armando Cortesão, historiador e eminente cartógrafo, opôs-se à tese nele defendida, colocando-se ao lado da política do Estado Novo, que se apoiava, entre outras, na teoria do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre.
Boxer não incluiu Macau na tese desenvolvida no livro. Este ensaio pretende mostrar que esse facto se deveu ao profundo conhecimento do historiador quanto à singularidade do processo histórico macaense, cuja vivência sociológica deveria ser estudada em outra sede que não a colonial.
O ensaio pretende homenagear Charles Ralph Boxer (1914-2000), considerado um dos maiores historiadores de Macau, no ano em que se assinala o 110.º aniversário do seu nascimento.
Conferência
“Macau e a visão do colonialismo por Charles Boxer”
21 de Novembro
18:30h (hora de Lisboa)
Entrada livre
Com Celina Veiga de Oliveira